Resumo O artigo analisa o surgimento e configuração da vicunha como problema de governo e a produção de instituições e dispositivos de regulação em múltiplos níveis, desde a década de 1960 até o presente, com foco na Argentina, como nível de governo nacional, e na província de Jujuy, como subnacional. Dentre os resultados, destaca-se o papel desempenhado por especialistas que aderem ao paradigma do desenvolvimento sustentável e promovem um modelo de conservação e uso das espécies baseado no manejo silvestre e em benefício da população andina. Ao circularem por diferentes contextos institucionais a diferentes escalas, desempenhando diferentes papéis, têm conseguido disputar, institucionalizar e acompanhar a implementação deste modelo em oposição a outros que promovem a gestão pecuária com a participação de empresas têxteis.

Abstract The article analyzes the emergence and configuration of the vicuña as a government problem and the production of institutions and regulation devices at multiple levels, from the 1960s to the present, focusing on Argentina, as the national level of government, and in the province of Jujuy, as a sub-national. Among the results obtained, it’s stand out the role played by experts in the construction of a referential that promotes silvestry management and for the benefit of the Andean population and a policy network referenced in it. By circulating through different institutional settings at different scales, playing various roles, they have managed to dispute, institutionalize and monitor the implementation of this model in opposition to others that promote livestock management with the participation of textile companies.

Resumen En el artículo se analiza la emergencia y configuración de la vicuña como problema de gobierno y la producción de instituciones y dispositivos de regulación a múltiples niveles, desde la década de 1960 a la actualidad, focalizando en Argentina, como nivel nacional de gobierno, y en la provincia de Jujuy, como subnacional. Entre los resultados destaca el papel desempeñado por expertos/as que adhieren al paradigma del desarrollo sustentable e impulsan un modelo de conservación y aprovechamiento de la especie basado en el manejo en silvestría y en beneficio del poblador andino. A través de circular por diferentes ámbitos institucionales a distintas escalas, revistiendo diversos papeles, han conseguido disputar, institucionalizar y vigilar la implementación de ese modelo en oposición a otros que promueven un manejo pecuario con participación de empresas textiles.

RESUMO Em 2009, na Argentina, o Monotributo Social Agropecuário (MSA) foi criado a partir de um convênio entre o Ministério da Produção e o Ministério do Desenvolvimento Social. Foi um instrumento para que os agricultores familiares pudessem, por um lado, faturar sua produção nos canais de venda e, por outro, ter acesso à aposentadoria e ao plano médico obrigatório. Ao contrário de outras categorias de impostos, o MSA tinha custo zero para os beneficiários.Este artigo busca analisar esse dispositivo de governo sob a perspectiva da legibilidade. As narrativas que são produzidas a partir das instituições envolvidas na criação do Monotributo Social Agropecuário referem-se ao reconhecimento de direitos e acesso à formalidade de vendas para os pequenos produtores. O faturamento da produção permitiu que esses sujeitos formalizassem seus ingressos. A estratégia metodológica proposta neste trabalho combina a análise de documentos oficiais de políticas estaduais e a análise do registro de observação e participação nas mobilizações e intervenções ocorridas no inverno de 2018 na Cidade Autónoma de Buenos Aires no contexto da mudança de regime tributário.

ABSTRACT In 2009 in Argentina the Monotributo Social Agropecuario (MSA) was created from an agreement between the Ministry of Production and the Ministry of Social Development. It was an instrument for family farmers to be able, on one hand, to invoice their production through sales channels and, on the other, to access retirement contributions and a mandatory medical plan. Unlike other tax categories, the MSA was zero-cost to beneficiaries.This paper seeks to analyze this governing device from the perspective of legibility. The narratives that were produced from the institutions involved in the creation of the Monotributo Social Agropecuario refer to the recognition of rights and access to the formality of sales for small-scale producers. Invoicing the production allowed these subjects to formalize their income. The methodological strategy proposed in this work combines the analysis of official documents of state policies and the analysis of the record of observation and participation in the mobilizations and interventions that took place in the winter of 2018 in the Ciudad Autónoma de Buenos Aires in the context of the tax regime change.

RESUMEN En el año 2009 en Argentina es creado el Monotributo Social Agropecuario (MSA) a partir un convenio entre el Ministerio de Economía y Producción y el Ministerio de Desarrollo Social. Fue un instrumento para que los agricultores familiares pudieran, por un lado, facturar su producción en canales de venta y, por otro, accedieran a aportes jubilatorios y un plan médico obligatorio. A diferencia de otras categorías fiscales, el MSA fue de costo cero para los beneficiarios.En este trabajo se busca analizar este dispositivo de gobierno desde la perspectiva de la legibilidad. Las narrativas que se produjeron desde las instituciones involucradas en la creación del Monotributo Social Agropecuario aluden al reconocimiento de derechos y al acceso a la formalidad de las ventas de los/as productores/as de pequeña escala. Facturar la producción les permitió a estos/as sujetos/as formalizar sus ingresos. La estrategia metodológica que se plantea en este trabajo combina el análisis de documentos oficiales de las políticas estatales y el análisis de registro de observación y participación en las movilizaciones e intervenciones que se llevaron adelante en el invierno del 2018 en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires en el contexto del cambio del régimen tributario.